Em 2012, foi a primeira vez que a tecnologia Dolby Atmos foi apresentada em público. O revolucionário sistema introduz diversas tecnologias que buscam transformar um número finito de caixas de som em uma ilusão de um número infinito.

O primeiro filme a contar com a tecnologia foi Valente, da Pixar, e iniciou o que parece ser a maior evolução no áudio do cinema desde o advento dos sistemas 5.1. Stephen Field, da Datasat Digital Entertainment (anteriormente conhecida como DTS), explica que sistemas como o Dolby Atmos mudam não apenas a maneira que os filmes são sentidos, mas também alteram fundalmentamente a maneira em que designers de som pensam sobre a mixagem de som em filmes.

“De repente, todos os elementos na tela se tornam um objeto de som individual, e a trilha de som obtida é mixada ‘ao vivo’ em cada cinema, dependendo da configuração de speakers na sala. Se você tiver cem speakers em uma parede, você pode ter o som saindo pelo exato speaker que o designer de som do filme quer”.

Esse processo chama-se “adaptive rendering”, e dá uma precisão nunca antes vista. O resultado é um campo sonoro mais natural e imersivo. Outro ponto positivo é que a mixagem feita para o sistema Atmos não leva mais tempo ou cria problemas para um estúdio. O processo de pós produção cria mixagens 5.1 e 7.1 automaticamente, que são utilizadas para cinemas sem o sistema ou para DVD/Blu-ray.

Entretanto, equipar um cinema com o sistema é caro, já que há muito mais mais caixas de som nas paredes e no teto. E, dependendo da estrutura do cinema, o sistema escolhe a caixa de som mais adequada para reproduzir o som.